26 de maio de 2021
Tarja branca traz textos breves e reconfortantes, com os quais muitos se identificarão
São muitos os males que acometem a nossa alma, sendo a maioria deles invisível e sorrateira, com causas variadas. Pode ser aquela trilha romântica que não soou em um momento especial e deu origem a uma anemia de mixtapes; aquele foco excessivo no outro que fez a alma perder-se de si mesma; uma solidão aguda que gerou uma necessidade brutal de acolhimento, de ter um colo no qual se apoiar; ou ainda aquela acomodação crescente que, de repente, aprisiona a alma no sofá da sala.
Independentemente de quais sejam, agora eles estão mapeados em Tarja branca. Com muito bom-humor e uma boa dose de imaginação, Fabio Maca reuniu as enfermidades mais comuns que costumam assolar almas desprevenidas. Ele também aponta possíveis fármacos que podem trazer a cura, que vão desde um simples colírio capaz de fazer a alma voltar a enxergar as belezas da vida, até uma complexa metamorfose, que pode proporcionar verdadeiras revoluções na trajetória de voo mesmo das almas mais perdidas.
De forma bastante original e recheada de humor, Fabio Maca fala sobre questões de autoestima, desenvolvimento pessoal e outras temáticas variadas que afligem nossa alma. Em tempos em que as enfermidades do corpo e da alma estão em cada esquina e estampadas nos noticiários, Tarja branca é uma leitura leve, que se faz extremamente necessária e deve ser consumida sem moderação.
Tarja branca com certeza agradará aos leitores de títulos como Eu me chamo Antonio, de Pedro Gabriel; Sorria, você está sendo iluminado, de Felipe Guga; e Um cartão: sentimentos cotidianos, de Pedro Henrique.
Sobre o autor:
Fabio Maca é poeta e calígrafo. Trabalhou durante 15 anos como publicitário, com passagens por agências como JWT, DPZ e Havas, e tem no currículo 9 leões do Cannes Lions, a premiação mais importante no mercado publicitário, entre diversos outros prêmios. Tarja branca é seu segundo livro, tendo publicado em 2019 Dois avessos, de poesia, com o amigo e também escritor Lucão.